AS HORAS
de Michael Cunningham
Páginas - 184
Cia das Letras
As horas, prêmio Pulitzer de literatura de 1999, pode ser definido como a saga da consciência de três mulheres - uma real, duas fictícias - em busca de algum tipo de inserção no mundo "normal", tendo como pano de fundo constante a presença palpável e inquietante da loucura e da morte.
A personagem real, espécie de matriz iluminadora de todo o livro, é Virginia Woolf, cujo suicídio, em 1941, é narrado de forma comovente e realista logo nas primeiras páginas. Ela, mais Laura Brown, uma dona de casa angustiada num subúrbio de Los Angeles, em 1949, e Clarissa Vaughn, editora de sucesso na Manhattan de hoje, são as protagonistas deste livro apaixonante. Presenciamos, em capítulos alternados, um dia na vida de cada uma delas. O talento de Cunningham consegue encapsular todo o drama de suas existências. Virginia, num dia normal e suburbano de 1923, esforça-se por manter sob controle os sintomas da loucura e para redigir Mrs. Dalloway, romance que mantém com As horas uma habilidosa simbiose. Laura busca, em vão, ajustar-se ao seu triplo papel de mãe, esposa e dona de casa, confeccionando, ao lado do filho Ritchie, de três anos, um bolo de aniversário para o marido Dan. Acontece que tudo o que Laura mais deseja na vida é solidão e a companhia de Virginia Woolf, sob a forma de seu romance Mrs. Dalloway, que ela lê apaixonadamente. Clarissa, cinqüentona e ex-hippie ainda atraente, bem casada com uma produtora de tevê, compra flores e organiza uma festa em homenagem a Richard, amigo gay e aidético terminal que acaba de ganhar um prêmio literário.
O cruzamento surpreendente dessas três histórias, urdido com a mão imaginativa e experiente de Michael Cunningham, vai mergulhar o leitor numa das experiências mais comoventes da literatura contemporânea.
Excelente insight, se tomarmos como base a obra que o originou, Mrs Dalloway de Virginia Woolf.
Michael Cunningham
Nascido em Cincinnati, Ohio, cresceu na Califórnia. Estudou na Universidade de Stanford e atualmente mora em Nova York. Seu romance As horas ganhou os prêmios Pulitzer, PEN/Faulkner e foi indicado para o National Book Critics Circle Award.
A personagem real, espécie de matriz iluminadora de todo o livro, é Virginia Woolf, cujo suicídio, em 1941, é narrado de forma comovente e realista logo nas primeiras páginas. Ela, mais Laura Brown, uma dona de casa angustiada num subúrbio de Los Angeles, em 1949, e Clarissa Vaughn, editora de sucesso na Manhattan de hoje, são as protagonistas deste livro apaixonante. Presenciamos, em capítulos alternados, um dia na vida de cada uma delas. O talento de Cunningham consegue encapsular todo o drama de suas existências. Virginia, num dia normal e suburbano de 1923, esforça-se por manter sob controle os sintomas da loucura e para redigir Mrs. Dalloway, romance que mantém com As horas uma habilidosa simbiose. Laura busca, em vão, ajustar-se ao seu triplo papel de mãe, esposa e dona de casa, confeccionando, ao lado do filho Ritchie, de três anos, um bolo de aniversário para o marido Dan. Acontece que tudo o que Laura mais deseja na vida é solidão e a companhia de Virginia Woolf, sob a forma de seu romance Mrs. Dalloway, que ela lê apaixonadamente. Clarissa, cinqüentona e ex-hippie ainda atraente, bem casada com uma produtora de tevê, compra flores e organiza uma festa em homenagem a Richard, amigo gay e aidético terminal que acaba de ganhar um prêmio literário.
O cruzamento surpreendente dessas três histórias, urdido com a mão imaginativa e experiente de Michael Cunningham, vai mergulhar o leitor numa das experiências mais comoventes da literatura contemporânea.
Excelente insight, se tomarmos como base a obra que o originou, Mrs Dalloway de Virginia Woolf.
Michael Cunningham
Nascido em Cincinnati, Ohio, cresceu na Califórnia. Estudou na Universidade de Stanford e atualmente mora em Nova York. Seu romance As horas ganhou os prêmios Pulitzer, PEN/Faulkner e foi indicado para o National Book Critics Circle Award.
Um comentário:
Absolutamente excelente.
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