domingo, 12 de outubro de 2008

Caçadores Noturnos


Caçadores Noturnos

de Felipe Greco

144 páginas

Editora Desatino

Para resgatar uma antiga dívida com o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, em Caçadores Noturnos, Felipe Greco (também gaúcho) reúne contos sobre o lado underground das noitadas paulistanas. Com maestria, esse jovem autor capta e, como um voyeur, invade o lado obscuro de personagens — ora em primeira, ora em terceira e até mesmo em segunda pessoa. Masculino e feminino se mesclam para dar esse mergulho nas profundezas das madrugadas insones. Álcool, drogas, boleros, um ambiente aparentemente sem saídas, porém onde borbulha o mais agudo da noite, os desejos mais secretos dos vultos (personagens/leitores) que vagam por aí, nas praças, nas esquinas, no asfalto ainda quente do dia, na solidão, cheios de tesão e fúria.

Para o diretor de teatro Ulysses Cruz:

"As histórias deste livro fazem parte de um universo marginal, quase proibido e, por isso mesmo, excitante.

"Putas, michês, traficantes, bichas, travestis, policiais, ninfomaníacas, tarados, enrustidos, esposas entediadas, solitários de toda espécie habitam estas páginas milimetricamente equacionadas em diálogos curtos e surpreendentes momentos.

"Felipe Greco escreve potencialmente estimulado por Eros e Tânatos, além de nos remeter à tradição sempre renovada das histórias em quadrinhos e dos livros e revistas para insones erotizados. O autor tem a coragem e a sordidez desenfreada do pó, do álcool, das contravenções, da noite em seus personagens de Luz e Sombra.

"Felipe Greco, neste seu livro de estréia, lê-se como a um Nelson Rodrigues reinventado. Mais trash. Mais acessível. Mais popular. Aliás, como deve ser um autor nestes tempos de novo século."

O autor:

Felipe Greco nasceu em junho de 1967, sob o signo de câncer. É gaúcho de Uruguaiana, RS, mas desde 1985 reside em São Paulo. Tem dois roteiros filmados: Atração Satânica (1987) e The ritual of death (1990). Em outubro de 1991, venceu o concurso literário promovido pela Fiat do Brasil, com o conto Anjo provisório. Em maio de 2003, publicou o livro O coveiro, uma fábula marginal (Desatino).

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