Damas De Paus:
O Jogo Aberto Dos Travestis No Espelho Da Mulher de Neuza Maria de Oliveira
158 páginas
Este é um livro que apesar de datado, deve ser incluido na Biblioteca Básica, pelo pioneirismo e pela dedicação da autora à pesquisa de campo. Óbviamente que os diálogos e depoimentos alí contidos, após 14 anos não afinam com os que estamos acostumados a ouvir hoje em dia, mas o fato de desnudar o Pelourinho sem preocupar-se em buscar "personagens" faz dele um livro verdadeiramente honesto. Afinal quem poderia pensar naquele tempo ouvir tais apartes...
“Aos cinco anos, quando eu dava pro coleguinha da
escola, me disseram que eu era gay. Aos quinze anos descobri
que eu era travesti, e hoje, perto dos quarenta, participando do
movimento GLTTB, me vejo como trans. Na verdade, eu sou
um gay que evoluiu, eu sou um digimon”.
Hanna Suzart, travesti durante o XII Encontro
Brasileiro de Gays, Lésbicas e Travestis, acontecido em
Brasília, entre os dias 08 e 11/11/2005.
“Eu quero dizer pra Hanna que eu não sou um digimon, eu
não sou um brinquedo. Nem sou um gay que evoluiu. Sou uma
travesti”.
Janaína Lima, no mesmo encontro
Leia aqui a introdução que Cecilia Sanderberg fez para o livro
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