O BANQUETE de Platão
tradução direto do grego de Carlos Alberto Nunes
Estamos falando desta vez de um clássico e muito especialmente desta edição que faz parte de uma segunda edição completa das obras de Platão organizada por Benedito Nunes e estruturada em 1980. São 14 volumes. O Banquete é publicado conjuntamente com a Apologia de Sócrates.
Esta é uma tradução de um dos mais celebrados textos de Platão, onde encontramos os diálogos éticos acerca da natureza e qualificação de Eros, ou o tema do Amor. No Banquete, de que é o tema central, Eros é objeto de vários elogios, mas o elogio propriamente filosófico vem de Sócrates pela boca da mulher de Mantinéia, a sábia Diotima. Assim como em A República, O Banquete tem lugar certo e público identificável: ocorreu na casa de Agatão, discípulo de Sócrates. Lá discursaram sobre o amor, ou sobre a amizade (philia), esses dois, além de Fedro, Pausânias, Erixímaco (o médico) e Aristófanes (o poeta). Sendo assim, ao redigir O Banquete, Platão utilizou-se de personalidades da época como o comediante Aristófanes, o poeta Agatão, o médico Erixímaco, para servir de porta-vozes de seu pensamento, servindo de exemplos para os leitores da obra.
O que realmente se passou na casa de Agatão começa a ser relatado por Apolodoro em 174a. Sócrates chega por último, quando todos já estavam acomodados e o banquete já havia se iniciado, estando pelo meio. Frente ao banquete, Pausânias lembra que deveriam beber com moderação: faz referência ao dia anterior, no qual havia bebido exageradamente e ficado abalado fisicamente.
Os discursos sobre o amor iniciam com Fedro: "iniciou o seu discurso [Fedro] declarando que Eros era uma divindade poderosa e admirável, tanto entre os homens como entre os deuses, por várias razões, mas, antes de tudo, pelo nascimento." Fedro é o primeiro, e por isso pai do discurso, a falar sobre o deus Eros: ele condena o ofício dos poetas que têm por missão cantar hinos aos deuses mas se esquecem de Eros. Fedro, no seu discurso, faz a justificação moral de Eros, mas não investiga a fundo sua essência e suas formas. De qualquer forma, é devido à fala desse discípulo de Sócrates que toda a discussão se inicia. Com o intuito de elevar Eros, Fedro encerra seu discurso dizendo que esse é o deus mais antigo, mais respeitável e o mais "autorizado" a levar o homem à posse das virtudes e da felicidade, nesta vida e depois da morte!
Escrito aproximadamente antes de 384 a. C, O Banquete é constituído por sete discursos em louvor a Eros, deus do amor, antecedidos pela apresentação dos personagens e finalizados pelo discurso de Sócrates, que conclui o simpósio. O diálogo se encerra quando Alcebíades, estratego do exército ateniense, fingindo estar bebado, faz uma declaração de amor a Sócrates.
Uma publicação da
Editora Universitária UFPA
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tradução direto do grego de Carlos Alberto Nunes
Estamos falando desta vez de um clássico e muito especialmente desta edição que faz parte de uma segunda edição completa das obras de Platão organizada por Benedito Nunes e estruturada em 1980. São 14 volumes. O Banquete é publicado conjuntamente com a Apologia de Sócrates.
Esta é uma tradução de um dos mais celebrados textos de Platão, onde encontramos os diálogos éticos acerca da natureza e qualificação de Eros, ou o tema do Amor. No Banquete, de que é o tema central, Eros é objeto de vários elogios, mas o elogio propriamente filosófico vem de Sócrates pela boca da mulher de Mantinéia, a sábia Diotima. Assim como em A República, O Banquete tem lugar certo e público identificável: ocorreu na casa de Agatão, discípulo de Sócrates. Lá discursaram sobre o amor, ou sobre a amizade (philia), esses dois, além de Fedro, Pausânias, Erixímaco (o médico) e Aristófanes (o poeta). Sendo assim, ao redigir O Banquete, Platão utilizou-se de personalidades da época como o comediante Aristófanes, o poeta Agatão, o médico Erixímaco, para servir de porta-vozes de seu pensamento, servindo de exemplos para os leitores da obra.
O que realmente se passou na casa de Agatão começa a ser relatado por Apolodoro em 174a. Sócrates chega por último, quando todos já estavam acomodados e o banquete já havia se iniciado, estando pelo meio. Frente ao banquete, Pausânias lembra que deveriam beber com moderação: faz referência ao dia anterior, no qual havia bebido exageradamente e ficado abalado fisicamente.
Os discursos sobre o amor iniciam com Fedro: "iniciou o seu discurso [Fedro] declarando que Eros era uma divindade poderosa e admirável, tanto entre os homens como entre os deuses, por várias razões, mas, antes de tudo, pelo nascimento." Fedro é o primeiro, e por isso pai do discurso, a falar sobre o deus Eros: ele condena o ofício dos poetas que têm por missão cantar hinos aos deuses mas se esquecem de Eros. Fedro, no seu discurso, faz a justificação moral de Eros, mas não investiga a fundo sua essência e suas formas. De qualquer forma, é devido à fala desse discípulo de Sócrates que toda a discussão se inicia. Com o intuito de elevar Eros, Fedro encerra seu discurso dizendo que esse é o deus mais antigo, mais respeitável e o mais "autorizado" a levar o homem à posse das virtudes e da felicidade, nesta vida e depois da morte!
Escrito aproximadamente antes de 384 a. C, O Banquete é constituído por sete discursos em louvor a Eros, deus do amor, antecedidos pela apresentação dos personagens e finalizados pelo discurso de Sócrates, que conclui o simpósio. O diálogo se encerra quando Alcebíades, estratego do exército ateniense, fingindo estar bebado, faz uma declaração de amor a Sócrates.
E.Cruz
Uma publicação da
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